4a FASE A - AUTOSABORAGEM E A CRIANÇA FERIDA QUE HÁ EM NÓS
Paulo se referia ao seu lado escuro que o impulsionava
a atitudes que reprovava e não conseguia impedir-se de praticar. Mediante,
porém, esforço perseverante e autoconscientização da própria fragilidade
psicológica, conseguiu atingir a culminância do seu apostolado, quando
proclamou:
(…)
E vivo, não
mais eu, mas Cristo vive em mim…
(Gálatas,
2:20.)
A
autosabotagem age como um inimigo que preferencialmente aparece para fazer com
que seu plano nunca dê certo. Passamos boa parte
de nossas vidas construindo e alimentando crenças (paradigmas) sobre muitas
coisas. Um paradigma é um modelo, e que funciona, no ser humano, como óculos escuros
num ambiente de pouca luz produzindo uma
distorção na percepção da realidade.
Ele,
o paradigma ou as crenças, criam a dúvida sobre você ser ou não capaz e cometemos atitudes nocivas, que,
mesmo tendo uma intenção positiva, acabam sabotando a nossa autoestima,
autoconfiança, felicidade e resultados.
Algo
muito comum é “comer”, para aliviar tensão ou ansiedade, e acabamos aumentando
a glicose ou o peso. Em outras áreas da nossa vida não é diferente, parecem
inofensivos.
Cigarro,
álcool, jogo e drogas, dão prazeres momentâneos e resultam em problemas de
saúde e sociais muito graves. Vejamos outras atitudes nocivas muito encontráveis
na sociedade:
Mentir
para obter vantagens ou se livrar dos seus problemas;
Agir
de forma incorreta, ilegal ou antiética para se beneficiar ou beneficiar outras
pessoas;
Aceitar
fazer coisas que você não gosta para agradar outras pessoas;
Agir
de forma agressiva ou violenta para conseguir o que quer;
Trapacear,
agir de má fé, roubar ou furtar alguém;
Fazer
fofocas no trabalho e na vida pessoal.
É importante identificar quais são as
fontes de tais atitudes autodestrutivas. Este
processo envolve autoconhecimento.
É o que vai possibilitar ao indivíduo reconhecer suas
limitações, dificuldades, vulnerabilidades e que possa trabalhar no sentido de
aprender a conviver com elas ou de ressignificá-las em definitivo.
Culpas,
medos, inseguranças, irritações, traumas, situações mal resolvidas do passado; fragilidade
emocional, problemas psicológicos
e dificuldades em lidar com a realidade etc, são situações e sentimentos que
levam ao comportamento autodestrutivo. O conhecer-se ajuda, especialmente, a
empoderar a pessoa, ao reconhecer seus pontos fortes, suas qualidades, dons
e talentos.
Quanto
mais uma pessoa diz que está se autossabotando, mais ela afirma ao seu
subconsciente, que esta é sua forma de sobreviver sem acessar a dor que a colocou nessa situação. Logo, este é um
mecanismo de defesa e ela não está
sabotando o ato de seguir em frente, mas,
a possibilidade de vir a sentir a mesma dor do passado. Assim, não sente a
dor, mas também não sente a recompensa de realizar o seu desejo.
Como
saber que dor ou que pensamento está me guiando ou imobilizando? Uma
boa alternativa é “cavar” (digging) as crenças que nos limitam, através de
perguntas. Por exemplo:
Toda
vez que deixo de fazer algo, tomar uma iniciativa que poderia me levar a uma
autorrealização, surge um medo, uma ideia de que preciso ser perfeita/o, errar
é ruim ou qualquer outra afirmação que me impede de seguir adiante com graça e
leveza? Por que?
Quando
digo: EU NÃO CONSIGO! Generalizamos essa afirmação, martirizamo-nos e vitimizamo-nos e fortalecemos essa ideia no
inconsciente que dirigirá minha vida.
“Eu
nunca mais vou encontrar a pessoa certa.”
“Eu
nunca mais serei feliz”
“A
minha vida nunca mais vai sair deste buraco”
“Nunca
serei capaz de passar .... ”
“Nunca
ganharei o suficiente para ter aquilo que gostaria”
“Eu
não consigo enfrentar ... ”
A menos que mude esse estado de incapacidade, essa pessoa nunca irá
encontrar motivação e solução. Toda vez que os pensamentos são
reafirmados no subconsciente, a vibração
emitida por eles aumenta e provoca um desconforto maior. Alguns entram em
estado de ansiedade ou de depressão por acharem que não são bons o suficiente, que
são ruins, estão abandonados pelo Criador, sem apoio, e a autoestima ficando cada
vez mais abaixa.
É
hora de se perguntar: Será que desejo continuar tendo experiências
de confronto, de desconforto? De me sentir inferior, de me sentir incapaz, de
me sentir estagnado e carente?
E
é hora de acreditar nessa resposta: Eu posso mudar o que não desejo mais e sair
dessa frequência negativa, dessa energia imobilizadora. Posso reconhecer e
aprender a lição que obtive com meus erros, quando vistos por mim.
Seria interessante e bem produtivo, visto que o inconsciente
compreende imagens e não palavras, vizualizar
depois de a lição ser apreendida: você pegando a chave que “abria” a porta
para esses erros, jogar fora a chave e, simplesmente, pintar a porta e a
fechadura de branco, colocar um risco vermelho, daqueles de placa de proibido, e sentir a alegria de ser melhor a partir
desses erros.
Agora que aprendeu, pode e deve, também, enviar
“gratidão” à pessoa que serviu de espelho para que você visse a sua
sombra refletida. E mais, sentir gratidão por sua nova sensação interna.
Todo
nós temos um lado criança e entramos em contato com ele, sempre que nos
reencontramos com amigos da escola ou do bairro onde crescemos e damos risada
de trivialidades que vivemos juntos nos bons anos de infância. Permitimo-nos
liberar nossa faceta infantil saudável quando vamos ao parque com filhos,
sobrinhos ou afilhados e nos permitimos sentir o frio na barriga de descer no
tobogã ou a adrenalina de embarcar na aventura de uma montanha russa.
Essa criança alegre, inocente e autêntica vive em todos nós e sentimos um imenso prazer em resgatá-la sempre que possível.
Essa criança alegre, inocente e autêntica vive em todos nós e sentimos um imenso prazer em resgatá-la sempre que possível.
Quando
criança nos achávamos o máximo, até que alguém nos disse que não éramos bons o
suficiente e então começamos a nos questionar sobre isso. Tornamo-nos inseguros
e cheios de pensamentos de inferioridade, e crescemos “apenas reagindo” ao que
nos acontece sem muitos questionamentos de porque nos sentimos assim.
A nossa
criança interior, o EU CRIANÇA, a criança que fomos um dia, permanece em nosso
inconsciente e pode estar saudável ou ferida, dependendo de como elaboramos as experiências
vividas na infância, com a maturidade que nos era peculiar na época. É muito
importante pensar nesse assunto e cuidar da nossa criança interior para que possamos ter um saudável
desenvolvimento emocional e autoestima adequada, pois, nossa criança sempre está lá se manifestando
em nossa vida adulta.
Todos os que
tiveram uma infância marcada por sofrimento guardam feridas emocionais abafadas,
não solucionadas, e isso mantêm a criança interior machucada e explica a algumas das causas das atuais reações
negativas.
Uma criança não sabe lidar com a rejeição sem
levar para o lado pessoal e sem se sentir inadequada, isso a fará se sentir mal
e se fechará. Já um adulto consegue pensar racionalmente na situação e não
perderá a autoestima só por que recebeu uma critica, no entanto, os que ainda sentem
abertas as feridas da infância, lidarão com a rejeição de uma forma infantil
como lidaram na infância, e possivelmente não aceitarão criticas de uma forma
racional. Levarão para o lado emocional e terão uma reação inadequada, não
conseguindo uma postura madura de quem
recebe uma critica e vê a possibilidade de melhorar.
A criança aprende a amar a si
mesma a partir do amor que ela recebe dos pais e adultos próximos. Para a
criança desenvolver bem a sua autoestima, ela precisa receber amor na forma de
carinho, atenção, elogio e proteção de forma suficiente e adequada. Sofremos um
grande impacto na autoestima quando não recebemos o afeto, carinho e aceitação
de forma equilibrada na infância. Passamos a duvidar do nosso valor e
merecimento. Isso é uma forma de carência e vem desde a infância.
Ficamos apegados ao fato de que para receber alguma atenção familiar ou
de amigos precisamos agradar e deixarmos de ser quem poderíamos ser, para nos
tornarmos socialmente aceitáveis (mascaras) e acabamos por nos relacionamos
através de uma “moeda de troca”, fazendo coisas que, muitas vezes, vai contra a natureza da
nossa essência. Essa frustração cresce na medida em que esse ciclo se
transforma num vazio existencial. O que acontece? Um dia nos tornamos adultos
carentes, emocionalmente imaturos e
sofremos.
Qual é a tendência desse cenário?
Você irá reproduzir os mesmos padrões com filhos e jogando toda essa carência
como expectativa nos relacionamentos. Acaba
criando mais situações semelhantes para a sua vida.
Por que isso acontece? Isso
acontece porque não somos estimulados a nos amar e nos aceitar, a preencher essa carência com nosso amor
próprio, a buscar pelo autoconhecimento (quem sou eu?).
A imaturidade emocional não
sabe lidar com rejeições e possivelmente adota uma postura de vitimismo para justificar sua história. Em seguida atrai
pessoas que se identificam com você por também ter passado por situações
semelhantes.
Os gatilhos emocionais ficam armazenados no inconsciente. Muitas situações vão acionar a
criança ferida que você ainda guarda e a sua reação emocional pode ser intensa.
Observe as cenas e lembranças do seu passado. O quanto das suas ações hoje, são
baseadas nos eventos que a sua criança interior ferida teve? O que você sente?
Essa é uma forma de você identificar momentos da criança ferida que você ainda
carrega.
Então, essa pessoa cria uma
identidade de que ela não tem sorte com seus relacionamentos, que algo está
errado com ela e isso é uma crença limitante. Quanto maior a carência, menor a
autoestima e mais a pessoa terá tendência a buscar conforto em outras pessoas e
relacionamentos, tornando-se dependente
emocional. Essa pessoa só consegue
se sentir em paz, feliz e completa quando está se relacionando.
Por isso ousamos dizer, com toda a
certeza, que não existem vitimas inocentes. Toda ação tem uma reação e a lei de
atração, bem como a lei de causa e efeito, fazem parte do mecanismo de justiça
divina.
Talvez você dê muito peso para o
trauma sofrido, e se sinta preso no ciclo do sofrimento. Existem técnicas muito
eficientes, para neutralizar traumas. Sugiro que façam. Vamos utilizar o que nos
é possível realizar, através de nossos conhecimentos, possibilidades e
disciplina.
Reconquistar a si mesmo é curar
esses sentimentos de abandono, rejeição, decepção e fracasso do histórico
emocional. É aprender a se amar, se aceitar e entender que tudo pode ser
mudado, reprogramado e que você
não está fadado ao abandono de si mesmo.
Para
resgatar e cuidar de nossas crianças
feridas é preciso
primeiro, fortalecermos nosso lado adulto e maduro, para tratar com carinho
nosso aspecto infantil, que, muitas vezes, nos boicota e nos envergonha.
1.
Evite, se possível, pessoas que só chegam para compartilhar queixas,
problemas, histórias desastrosas, medo e julgamento dos outros. Até se sentir
fortalecido e poder ajudar.
2.
Pague as suas contas a
tempo e saiba cobrar daqueles que te devem, ou, escolha deixar para lá, se você já percebeu que é impossível receber.
3.
Cumpra as suas promessas. Se
você não cumpriu alguma, pergunte-se o porquê desta resistência.
Sempre
você tem o direito de mudar de opinião, de se desculpar, de compensar, de
renegociar e de oferecer outra alternativa diante de uma promessa não cumprida.
Mesmo que já um costume.
A
forma mais fácil de evitar o não
cumprimento de algo que
você
não
quer fazer é
dizer “NÃO” desde o começo.
4.
Elimine, dentro do possível, e delegue aquelas tarefas
que você
prefere não
fazer, dedicando o seu tempo àquilo que, sim, você
desfruta fazer.
5.
Dê permissão a você mesmo para um descanso, quando
você estiver em um momento que o necessite e
dê
permissão
a você
mesmo para agir quando estiver em um momento de oportunidade.
6.
Jogue fora, recolha e organize… nada
te tira mais energia que um espaço desordenado e cheio de coisas do passado
que você já não necessita.
7.
Dê prioridade à sua saúde sem a máquina do corpo trabalhando ao
máximo, você não pode fazer muito. Tome tempo para perceber o
que seu corpo está te dizendo.
8.
Enfrente as situações
tóxicas que você está tolerando, desde
resgatar um amigo ou um familiar, até tolerar ações negativas de um
companheiro ou um grupo. Tome a ação necessária.
9. Aceite. Não
é resignação, mas nada te faz perder mais energia que o resistir
e brigar contra uma situação que você
não
pode mudar.
10.
Perdoe… deixe ir uma situação
que está te causando dor… você sempre pode
escolher deixar ir a dor da recordação.
Reconquistar a si mesmo é curar esses
sentimentos de abandono, rejeição, decepção e fracasso do histórico emocional;
aprender a se amar, se aceitar e entender que tudo pode ser mudado,
reprogramado e você não está fadado ao abandono de si mesmo.
SEGUNDO EXERCÍCIO: Esse nosso lado
infantil é carente e precisa de atenção e amor.
Se continuarmos a ignorá-lo, seremos para sempre, reféns de suas birras,
revoltas e atitudes pouco maduras. Mas, só porque podemos tê-la ignorado por
medo ou incapacidade de lidar com situações de dor e sofrimento, não significa
que ela ou ele não estejam lá. A criança ferida está sempre lá, tentando chamar
nossa atenção.
É
preciso tomar consciência de que nos esquecemos da criança ferida dentro de nós.
É preciso sentirmos uma enorme compaixão
por essa criança e começarmos a gerar a energia da atenção. Atenção plena. Às vezes a criança ferida precisa de toda
nossa atenção.
As
vezes essa pequena criança pode surgir das profundezas da sua “inconsciência” e
pedir pela sua atenção, então, você pode conversar diretamente com essa criança
através da linguagem do amor, dizendo: “No passado, eu a deixei só. Eu me afastei de você. Agora eu estou muito
arrependido. Eu irei te acolher.”
Ela
escuta! Seu ser essencial quer fazer isso!. Você também pode dizer: “Querida,
eu estou aqui por você. Eu cuidarei bem de você. Eu sei que você tem sofrido
tanto. Eu tenho estado tão ocupado. Eu tenho te negligenciado, e agora eu
aprendi uma forma de voltar até você.”
Se
necessário, você precisa chorar junto com essa criança. “Inspirando (ar para dentro), eu volto
para minha criança ferida; expirando
(ar para fora), eu cuido da minha criança ferida. Você precisa conversar com a
sua criança várias vezes ao dia. Somente, então, a cura pode acontecer. Se você
não o fizer agora, o fará quando?
Quando
você contempla o pôr do sol, quando ouve uma musica boa, quando estiver relaxando...
convide-a a apreciar esse momento tranquilo com você. Se você fizer isso por
algumas semanas ou meses, a criança ferida em você, experimentará a cura. Quando geramos atenção plena, a compaixão e
a compreensão se tornam possíveis, e nós podemos permitir que as pessoas
nos âmen. A compaixão nos ajuda a relacionar-nos com os outros e a restaurar a
comunicação.
Quando curamos a nós mesmos, nossa
relação com os outros se torna muito mais fácil. Existe mais paz e mais amor em
nós.
A energia da atenção plena é o remédio que irá
reconhecer e curar a criança interna. Mas como nós cultivamos essa energia? O
que quer que estejamos fazendo, seja cozinhando, varrendo, lavando, andando “atentos”
em nossa respiração, nós podemos continuar gerando a energia da atenção plena,
que se tornará cada vez mais forte e dentro da semente da atenção plena está a
semente da concentração.
Com essas duas energias, atenção e concentração, nós
podemos nos liberar das aflições. Apenas segurando essa
criança gentilmente, nós estamos acalmando nossas emoções difíceis e
podemos começar a nos sentir relaxados. Esse é um exercício de amor, simples,
descomplicado e super eficiente!
A
concentração nos ajuda a focar numa só coisa. Com concentração, a energia da
investigação se torna mais poderosa e o insight (clareza súbita na mente, no intelecto de um indivíduo;
iluminação, estalo, luz que precisamos possibilitar a autotransformação)
possível. O insight tem sempre o poder de nos liberar. Se a atenção plena estiver lá, e soubermos como mantê-la viva, a
concentração estará lá também e os insights aparecerão. Ou seja, a respostas virão
e os caminhos se abrirão.
Vê
como você pode reprogramar sua mente e a partir disso, ter
comportamentos diferentes e atitudes mais positivas? Tudo é uma questão de ressignificar o que já foi, e promover
mudanças que te levem a construir os resultados pessoais, financeiros,
profissionais que você tanto deseja.
TERCEIRA
SERIE DE EXERCÍCIOS: Como já foi dito, essa criança triste, frustrada,
solitária e revoltada vive em nosso interior, mas, muitas vezes, preferimos
ignorar sua presença, pois não sabemos lidar com ela e não parece fácil.
Podemos resgatá-la com estes exercícios.
1) Primeiro precisamos saber como ela está,
faça uma meditação ou simplesmente sente-se em um ambiente calmo onde não será
incomodado. Feche seus olhos e respire profundamente algumas vezes. Lembre-se
da sua infância, tente recordar da sua primeira lembrança, o mais criança
possível; depois veja o passar dos anos, deixe sua mente livre para trazer
lembranças aleatórias. Lembre-se do seu quarto, de todos os móveis, agora pense
em você adulto entrando naquele quarto e encontrando você criança. Como seria essa
conversa? Qual a sensação? Você adulto hoje pode cuidar de você criança,
explicar ocorridos e sentimentos. Esse exercício é terapêutico e tem ótimos
resultados. Quanto mais tempo você passar nessa meditação e quanto mais vezes
repetir, mais verá resultados na sua vida atual.
2) Faça perguntas para
essa criança,
do que ela gosta, do que não
gosta e veja se você
vive de acordo com as vontades dessa criança. Você criança se orgulharia de você adulto?
3) Lembre-se
do que você gostava de brincar, como você passava se tempo. Na sua infância
pode ter a resposta de o que você poderia trabalhar que se daria bem.
4) Não tenha vergonha de
brincar, pular ou dançar.
As crianças
são
livres e deveríamos
ser também,
isso é
saudável,
não
se reprima. Tenho certeza de que se alguém te vir livre irá admirar sua coragem
e sentirá vontade de fazer a mesma coisa.
5
Fale mais sozinho. As crianças falam com seus bichos de pelúcia e bonecos, elas
dão vida a tudo, experimente desabafar com um brinquedo. Converse também com a
sua criança interior como se ela fosse uma pessoa ao seu lado, seja carinhoso e
amoroso.
Permita-se
acreditar em seu potencial infinito. Permita-se deixar para trás valores e
crenças que não são seus. Desenvolva um novo mindset (a mentalidade que cada um tem em relação à vida
) e incorpore novas condutas, posturas e formas de agir ao seu contexto pessoal
e profissional.
Nós
não podemos apagar o que ocorreu no nosso passado ou fingir que não aconteceu,
mas podemos dar um novo significado ao que aconteceu, compreendendo e olhando
por outro ponto de vista.
Aproveitem
seus conhecimentos e transforme sua vida!!!
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Instituto
Datafolha ouviram 1.525 crianças brasileiras de 4 a 10 anos, de todas as
classes econômicas, em 131 municípios. Teve como objetivo conhecer mais
profundamente os desejos e necessidades dos pacientes pediátricos, para que o
médico possa, cada vez melhor, orientar as famílias nas consultas.
As
crianças responderam uma questão aberta: “O que você mais gosta de fazer quando
não está na escola?”. Além disso, foram propostas 26 situações, para que
utilizando uma escala visual de cinco pontos (cartão “de carinhas”),
manifestassem seu estado de alegria ou tristeza frente a cada Uma. A criança
respondeu na presença do responsável, após sua autorização. O que sentem? Do
que gostam?
O que
deixa a criança “muito alegre” e “alegre” é o dia do seu aniversário (96% das
respostas), praticar esporte (94%), brincar com os amigos (92%), as férias
escolares (91%), assistir TV (90%). A situação na qual se sente “muito triste”
e “triste” (71%) é ficar longe da família.
Mas
independente da natureza, os primeiros lugares ficaram com jogar bola (33%),
brincar de boneca/boneco (28%) e assistir TV (26%). Andar de bicicleta veio a
seguir, com 19%. O pega-pega ficou 17%. Empataram, com 14 % das preferências, o
esconde-esconde, brincar de carrinho e video game. Na sequência, estão brincar
de casinha (10%) e no computador (9%). Apareceram também soltar pipa e
desenhar/pintar (6%), pular corda (5%), brincar de corrida, com brinquedos (sem
especificar qual), animal de estimação e estudar (4%).
Convivência
- O
principal é o carinho.
- O que
faz a criança feliz não é o brinquedo, é brincar, é conviver com a família e
amigos. Os pequenos não são consumistas.
- O núcleo
familiar proporciona sensações alegres e prazerosas
- Fica
clara a grande importância dada pelas crianças ao convívio - tão decisivo para
o seu desenvolvimento emocional e cognitivo -, não apenas com a família
nuclear, mas também a “estendida”.
- 87% dos
entrevistados se definem como “alegres” ou muito alegres” quando estão com os
avós, na mesa com a família e quando pensam na mãe.
- 83% se
dizem também “alegres” ou “muito alegres” quando brincam com os irmãos e 78%
quando pensam nos pais.
- Criança
gosta de estar com criança. Até por isso fica tão feliz no aniversário.
- 47% dos
entrevistados informaram que ficam “tristes” ou “muito tristes” quando brincam
sozinhos. A convivência deve ser incentivada.
As brincadeiras tradicionais trazem
mais alegria
- Apesar
da forte presença da TV e dos eletrônicos em geral (o computador é importante
principalmente entre os mais velhos), não apenas ainda existe o Brasil das
brincadeiras tradicionais, como essas ainda trazem mais alegria do que as
propostas mais atuais de diversão/lazer. É importante incentivá-las.
- Brincadeiras de rua, apesar das limitações impostas pela violência urbana, e
mesmo que não praticadas, estão em primeiro lugar no desejo das crianças.
TV, computador e falta de outras
opções
- Em
geral, a criança se volta para o brinquedo eletrônico quando está sozinha. Mas
se for oferecida uma alternativa, prefere.
- Os eletrônicos entram na vida da criança muito cedo e
ganham espaço excessivo quando faltam alternativas. Os pequenos acabam se
acostumando, adquirindo o hábito.
- É preciso oferecer outras experiências, criar mecanismos para que possam fazer atividades apropriadas à faixa etária.
- É preciso oferecer outras experiências, criar mecanismos para que possam fazer atividades apropriadas à faixa etária.
É muito
importante que as crianças, desde pequenas, sejam incentivadas à pratica
esportiva e demais bons hábitos.
Atividades
individuais são um pouco mais comuns (85%) que as sociais (74%) - mas essas
devem também ser incentivadas, pois criam sentido de sociedade,
compartilhamento, ganhar e perder, respeitar, características importantes, que
surgem para as pessoas no seu crescimento e desenvolvimento através das brincadeiras.
As crianças brasileiras têm uma imagem
de si mesmas, atual e futura muito boa e com confiança - A maioria fica alegre quando vê uma fotografia sua (86%
alegria) e quando se imagina adulta (87%).
O futuro é bem-vindo - 87% dos entrevistados ficam “alegres” ou “muito” quando
pensam em si mesmos como pessoas grandes. A situação foi proposta para os que
têm entre seis e 10 anos.
MARIA CIBELE MOREIRA PINTO
PAZ E AMOR PARA TODOS!!!
PAZ E AMOR PARA TODOS!!!
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