CONCENTRAÇÃO E MANUTENÇÃO VIBRATÓRIA.
O termo “concentração ” por si só fala do seu significado : CONCENTRA A AÇÃO, ou seja, refere-se às coisas que têm um centro comum ou
que são deslocadas para um centro, ou, um foco.
Quando conseguimos este foco podemos perceber as vibrações e as nuances
mais sutis relacionadas ao que pretendemos (o foco) e manter a conexão, ou
seja, conseguir a manutenção vibratória.
Por que soube manter seu foco, a
produtividade de nosso admirável Chico, foi muito superior
às expectativas da espiritualidade. Sem concentração nossa produtividade cai.
“A mente do
homem está repleta de pensamentos e, por isso, o indivíduo é extremamente
fraco. Se em lugar destes inúmeros pensamentos inúteis, permanecer um único,
esse será o poder em si mesmo e terá grande influência”. Sri Râmana
Maharshi
É a concentração uma habilidade necessária, e o instrumento que permite
ao homem viver em um nível de consciência mais elevado. Seu poder constitui,
praticamente, a base de todas as faculdades superiores do homem. É trabalho
árduo e exige toda a nossa atenção e não apenas em alguns minutos do dia, ou
algumas horas na semana.
O principal obstáculo à concentração é a falta de controle da natureza
emocional. Devemos nos concentrar em
escolher, dentre as vibrações boas ou más, apenas as de que
necessitamos na vida cotidiana e recusar nos ocuparmos delas quando, evidentemente, tivermos
trabalho melhor a executar. Evitar ocupar a mente e a emoção com vibrações
pesadas, que exigem de nós muito equilíbrio, ligarmo-nos nas melhores vibrações do dia
e na lembrança de momentos especiais. A atitude positiva diante da oportunidade
de concentrar-se, e estar focado quando a vontade está presente, é um
fator preponderante para o sucesso da concentração.
Há um conceito interessante
sobre mente que achamos conveniente ser estudado. Segundo Râmana[1], “a mente é apenas o conjunto de nossos pensamentos. Se cessardes
de pensar, onde estará ela?”
Dessa forma podemos diferenciar o pensamento (mente), do
pensador (espírito). Fazendo uma correlação poderíamos dizer que um é o cavaleiro (espírito, o principio inteligente)
e o outro é o cavalo (mente). Quem deve conduzir
quem?
É importante saber que você pode, através de sua vontade, dirigir os
processos do seu pensamento, por que você não é os
seus pensamentos. Você é aquele que os cria e os dirige. Ou
seja, a mente é o conjunto dos pensamentos de quem pensa. Quem está
no controle é quem pensa. O SER, o Self, a centelha divina. A mente é o reflexo
do SER( o espirito).
Estes conceitos devem estar firmemente incorporados para que o processo
de educação da mente possa ser executado com êxito. Então, o melhor, o mais
indicado a fazer, é buscarmos treinar a concentração, mas para isso devemos
evitar certas situações que impedem seu bom resultado:
1 – A concentração
não deve ser treinada quando o indivíduo está em extrema fraqueza física,
resultante de enfermidade ou aborrecimento que afete a força de vontade;
2 – Demasiados compromissos diários que não deixam tempo nem energias para
exercícios sistemáticos e contínuos de educação da mente. Concentrar-se apenas
uma vez por semana pode não dar resultados efetivos.
3 – A falta de convicção íntima, intuitiva e firme, de que um trabalho desta
natureza lhe abrirá as portas para uma vida nova e melhor.
PARA O SUCESSO É PRECISO:
1 – Saber que você
não é a sua mente, e que ela deve estar sob o seu controle. Isso só se consegue
com treino contínuo e perseverante.
2 – É necessário que haja uma decisão firme onde
as desculpas de cansaço, falta de tempo e inquietação não estejam presentes;
3 – Ajuda muito
manter o foco da concentração se conseguimos desenvolver a capacidade de pensar
tranquila, fria e claramente sobre a vida humana em geral, sabendo que acima de
qualquer vontade humana impera uma Vontade Divina.
A PRÁTICA
Um lugar silencioso e tranquilo, sem interrupções é indispensável.
Outras interferências:
a) A expectativa – de que algo possa advir do seu pensamento febril. Este
pensamento febril é o padrão que costumamos ter nas horas de atividade
consciente, ou seja, os pensamentos que temos na maior parte de nosso dia;
b) Ao começar o exercício de concentração muitos pensamentos começam a
“atacar” levando-o muitas vezes a se esquecer, temporariamente, do objetivo do
momento. Eles são de pouca importância, mas a mente consciente, que não quer
ceder espaço, dirá que eles são muito importantes. Para vencer este obstáculo é
possível dizer a si mesmo:
“Além deste tempo que eu tenho para me dedicar a este trabalho eu
tenho todo o resto do dia para pensar em outras coisas”.
“Não há razão neste momento para obedecer aos pensamentos errantes
gerados pela minha mente rebelde”.
“Nada de importante acontecerá se eu evitar que os pensamentos ocupem
este tempo que aqui estou”.
“Todo e qualquer pensamento neste momento não me interessa”.
Quando se consegue este domínio da mente, uma sensação de liberdade de
consciência começa a tomar corpo e uma paz mental normalmente se instala. A
chave neste momento é: NÃO TENHO INTERESSE ALGUM PELOS MEUS PENSAMENTOS. Com
esta chave abrimos a porta da faculdade de “sentir e ver” as emoções e os
pensamentos do mundo espiritual.
A intuição também pode sobrevir como resultado pela boa concentração,
pois, podemos dizer que a intuição é o poder da cognição sem
pensamentos. É uma ação isenta de raciocínio lógico, com os melhores
resultados possíveis. Não precisamos, ao treinar a concentração, nos
preocuparmos com ela, pois isto nos desviará do objetivo que é deixar a mente
tranquila, a intuição virá normalmente no momento adequado.
Você pode experimentar algumas variações para treinar a sua
concentração:
a) Ao ouvir uma
música procure ouvir o silêncio entre uma nota musical e outra e verá que ele
estará como um pano de fundo onde a música se faz;
b) Olhe para um
objeto fixamente por alguns instantes e depois fechando os olhos deixe que
somente este objeto ocupe a sua mente;
c) Se você tiver
um relógio com ponteiro de segundos fixe os olhos no ponteiro e apenas
acompanhe com o olhar o movimento que ele faz, mantendo uma respiração calma e
tranqüila.
d) Imagine
que sua mente é um espelho e todo e qualquer pensamento que vier vai bater
neste espelho e retornará para onde ele veio.
e) Se o pensamento
se desviar do foco de sua concentração traga o de volta e diga para si
mesmo “Todo e qualquer pensamento diferente neste momento não me
interessa”.
A concentração nos leva ao autoconhecimento genuíno, cujo maior
obstáculo é a resistência, ou, tendência a rejeitar qualquer experiência
que não satisfaça a ideia que cada um tem de si mesmo. A mudança do indivíduo se inicia a partir do momento em que ele aprende
a mudar suas reações diante dos incidentes do dia-a-dia.
Mudar a
vida significa mudar as próprias reações interiores e não as
circunstâncias externas. Para mudar as reações interiores é necessário, primeiro,
conhecê-las. Para conhecê-las é necessário, primeiramente, observar os
pensamentos. E para observar os pensamentos devemos praticar a concentração
mental de uma forma totalmente imparcial.Praticando fielmente a concentração mental, você estará no caminho do
autoconhecimento e da auto iluminação. OK?
Muita PAZ e sucesso!
TRANSCRIÇÃO DE:
http://cele-luzeterna.blogspot.com.br/2011/07/concentracao-e-manutencao-vibratoria.html#sthash.SPyP6ENj.dpuf
[1] Bhagavan Sri Râmana Mahârshi, considerado um dos
maiores sábios de todos os tempos, tornou-se conhecido no Ocidente
especialmente através do livro "A Índia Secreta", do
jornalista e escritor inglês Paul Brunton, que retratou os ensinamentos de
Ramana, transmitidos, na maioria das vezes, em silêncio absoluto aos seus
discípulos.
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