AUTOTRANSFORMAÇÃO ESPIRITUAL O QUE É?



A autotransformação espiritual é um processo consciente, contínuo, gradual e ilimitado de mudanças. Ilimitado porque só cessaremos nossa busca intuitiva por algo cada vez melhor, quando atingirmos o estado de perfeição espiritual.

À medida que a consciência se aproxima da identificação com o Eu Real, veremos em nossa vida, mudanças qualitativas e quantitativas nos pensamentos, sentimentos e atitudes
O processo simultâneo de identificação com o Eu Real e desidentificação do ego, permite transformarmos o ego, isto é, erradicarmos suas negatividades e máscaras.
É recomendável, antes de iniciar a oficina que o Núcleo Espirita Veredas de Luz, juntamente com sua equipe espiritual está lhe proporcionando, o conhecimento de alguns pré-requisitos.

   Patamar ou nível de felicidade individual: Nas últimas décadas, apareceram muitas evidências de que tendemos a manter um "nível de felicidade" constante ao longo de nossas vidas e, nem mesmo grandes acontecimentos tais como casamento ou prêmio da loteria, parecem ser capazes de alterar bruscamente esse nível. Esses grandes acontecimentos, podem nos trazer picos de alegria e felicidade, mas em poucos meses ou anos, retorna-se ao nível anterior de felicidade.

                   Outros grandes acontecimentos tais como perdas de parentes, fortuna, amigos, etc., ao contrário dos anteriores, podem nos trazer picos de tristeza e infelicidade, mas que com o passar do tempo, também retornam ao nível anterior de felicidade.


                  Para melhoramos o nosso atual nível ou patamar de felicidade é necessário que aconteçam mudanças consciênciais, as quais refletirão em nossas ações e reações mentais, emocionais e atitudes perante a vida, tais como, aceitação da realidade, espiritualização, transformação de uma consciência individualista para universalista e ressignificação de crenças limitadoras que dificultam nossa evolução e nos impedem de sermos mais felizes. O vídeo abaixo, feito em Harvard, ilustra muito bem o que estamos estudando.



O Que é felicidade?  É um estado consciencial relativo, correspondente à fase volutiva alcançada, no qual obtemos relativa satisfação em todos os níveis existenciais (situações e condições de ser e ter). É mais importante, entretanto, ser do que ter, porque ser é uma aquisição permanente do espírito enquanto que ter é posse material temporária.

A felicidade deve ser compreendida como sendo um caminho escolhido e não como um objetivo a ser atingido. O usufruto desta felicidade depende, portanto, de como usamos nossa inteligência (emocional, intelectual e espiritual) para administrar a própria vida e os recursos disponíveis com equilíbrio, moderação e bom senso.

Ao aceitarmos a felicidade como sendo o próprio caminho, passamos a aceitar naturalmente a realidade, sem os sofrimentos que poderiam advir da resistência em aceitar essa realidade. Na felicidade-caminho não ficamos presos ao passado ou futuro, mas estamos sempre vivendo um eterno presente, ou seja, um eterno vir-a-ser e não presos a um objeto e emoção transitórios e sujeitos às modificações do tempo e espaço. A felicidade resulta da soma dos efeitos da ação consciente, motivação para viver e satisfação material.

Ação consciente: Prática de atividades que promovem a conscientização moral, de paz, de amor, do dever, de justiça, de fé, etc., ou seja, atividades que promovem a tranqüilidade de consciência tais como: trabalho profissional, emprego, esporte, lazer, arte, estudo, ciência, filosofia, religião, voluntariado, relacionamento humano, etc. De acordo com a lei de causa e efeito, toda atividade que promove o próprio bem ou o do seu próximo é, automaticamente, causa de felicidade.

Motivação para viver: Existência de motivação real e significado profundo para viver, baseados na fé, verdade, lógica, intuição, esperança, moral e nos valores éticos. A motivação e significado profundo são obtidos, principalmente, através do autoconhecimento. O autoconhecimento promove a felicidade através do encontro consigo mesmo, com a própria essência divina, com o ser causal, com o eu maior, com o Self, com o eu profundo, etc.

Satisfação material: Satisfação das necessidades básicas da vida tais como posse de coisas materiais, dinheiro, prazeres (alimentos, bebidas, namoro, sexo, diversão, lazer, etc.), saúde, prosperidade, êxito nos negócios e nas finanças, projeção social, repouso, segurança, moradia, vestuário, transporte, etc.
                   
  O acesso a todas essas coisas pode ser importante e necessário, porém, deve-se ter cuidado com os excessos e com o apego exagerado à transitoriedade da matéria. Geralmente, todo excesso ou falta de alguma dessas coisas, isto é, o desequilíbrio, falta de bom senso ou de lógica no ser e no ter, pode ser a causa de problemas e de infelicidade.

  O importante nesse caso não é ser ou ter, mas saber ser e saber ter, ou seja, saber usar conscientemente, equilibradamente e sabiamente, os bens e as oportunidades emprestadas temporariamente a nós pela vida.

 Que e quem somos? Somos espíritos, princípios inteligentes individualizados, princípios de consciência primordial ou essências Divinas. O homem é a manifestação multidimensional do espírito através de corpos ou, veículos (mais conhecido: perispirito e mental, corpo etérico e corpo físico). O Eu Real ou espírito, utiliza esses veículos de manifestação para se relacionar nas diferentes dimensões em que atua.

 Estrutura da mente: A psique humana pode ser representada didaticamente como sendo formada por três esferas concêntricas (Cerqueira Filho, 2006).



                 Estrutura da mente: A psique humana pode ser representada didaticamente como sendo formada por três esferas concêntricas (Cerqueira Filho, 2006).

Eu Real: É o Centro da Consciência, onde estão fixadas todas as nossas características positivas e valores reais. É o nosso Eu Superior, Profundo, o “Self”, Ser Essencial, nosso lado luz, amoroso, bom e belo;

É a Essência Divina que somos, onde estão todas as potencialidades em forma latente, que vão emergir e se desenvolver, aos poucos, quando nos identificarmos com Ela, até o estado de iluminação. Originam-se no Eu Real todos os sentimentos nobres tais como bondade, fraternidade, solidariedade, ética, compaixão, justiça, sinceridade, tolerância, amizade, autoestima, enfim, todos os valores que são derivados do Amor que o compõe.

Todos estes sentimentos egóicos representam valores negativos transitórios que existirão enquanto não nos dispusermos a cultivar os sentimentos essenciais

Negatividades do Ego: É a parte do ego onde ficam registrados todos os sentimentos contrários ao amor. Originam-se no desamor sentimentos tais como ódio, egoísmo, orgulho, revolta, raiva, mágoa, indisciplina, ressentimento, angústia, depressão, ansiedade, desespero, medo, pânico, violência, cólera, ciúme, etc.

Máscaras do Ego: As máscaras podem impedir, quando vitalizadas, nosso contato mais profundo com o Eu Real, pois, ao parecer que cultivam os valores essenciais, cristalizam os sentimentos falsos e neuroses É a parte disfarçada e mascarada do ego que usa instrumentos de defesa e fuga. 

Origina-se no pseudo-amor, onde consciente ou inconscientemente, mascara as negatividades do Ego com sentimentos aparentemente positivos tais como euforia, autopiedade, perfeccionismo, pseudoperdão, martírio, puritanismo. Observando-se superficialmente os sentimentos mascarados, tem-se a impressão de que eles são reais, mas numa análise profunda, percebe-se que eles são falsos, que parecem reais, mas não são, pois continuam sendo um não valor originado no pseudo-amor para encobrir sentimentos oriundos na ausência do amor.

A mente humana, normalmente, apresenta-se quase que totalmente envolvida pelo ego. Na fase inicial da humanização, sob forte influência do instinto herdado do animal no processo evolutivo, devido às influências das necessidades do corpo físico sobre o espírito, e para atender à materialidade do instinto de conservação, o eu real utilizou a mente para imprimir em nós mesmos o ego e neste período evolutivo, nosso psiquismo era fortemente influenciado pelo instinto. 

O intelecto estava no início de seu desenvolvimento, assim, negatividades tais como egoísmo, raiva, ódio, brutalidade e violência foram instrumentos úteis e indispensáveis para nossa defesa e sobrevivência num mundo primitivo onde imperava o “eu”.

Nosso ego, entretanto, foi crescendo, tornando-se cada vez mais complexo, na medida em que nós, gradualmente, precisamos incluir a família, o grupo, o povo e a raça, em nosso psiquismo primitivo. Com o gradativo desenvolvimento e evolução do intelecto e do senso moral do espírito, da sociedade humana e das leis de convivência, fomos obrigados a reprimir, negar, bloquear ou esconder as negatividades do ego através de máscaras.

No estágio evolutivo predominante nos dias atuais, nosso psiquismo está fortemente influenciado pelo intelecto e iniciando o desenvolvimento da intuição. Não é possível apagar os sentimentos egóicos simplesmente pela força de vontade e força mental. A transformação da polaridade dos complexos egóicos de negativos para positivos é realizada utilizando-se sentimentos derivados do amor, energia mais sublime e mais poderosa do universo, originada no Eu real.

Assim, o autoconhecimento, a autoaceitação da realidade temporária do ego têm o poder de nos libertar das amarras energéticas dos sentimentos que interferem negativamente em nossa vida. A autotransformação, portanto, implica na gradual transformação dos sentimentos egóicos em sentimentos de amor. Nós não somos o ego, mas temos um ego, que é transitório, mutável, sujeito a modificações pela força do amor e da vontade do espírito. Não podemos confundir o ser que somos com o ter, estar, gostar, ficar, fazer, etc., os quais são transitórios, assim como a nossa autoimagem idealizada e o próprio ego;

- O ego não tem existência real porque ele representa apenas um estado evolutivo do espírito em que as negatividades e máscaras são, na realidade, ausência de valores, da mesma forma que o frio é ausência de calor e a escuridão é ausência de luz;

- A consciência das negatividades e máscaras do ego permite iniciarmos o processo de transformação do ego, através da desidentificação do ego, ou,  vivência de valores contrários aos do ego;

- Todos os espíritos, encarnados ou desencarnados, com os quais nos sintonizamos ( vibracionalmente)  conscientemente ou não, poderão interferir em nosso processo de autotransformação. Caso essas vibrações venham de fontes tais como sabedoria, amor e caridade a influencia será positiva. 

Ao contrário disso, caso essas vibrações venham de fontes tais como ignorância, ódio e egoísmo, poderemos sofrer interferências negativas que dificultarão a nossa autotransformação. Posto isso, somos influenciados, e ao mesmo tempo, influenciamos outros espíritos, através dos pensamentos e emoções de mesma sintonia.
         
 Que podemos e devemos transformar em nós?

Na prática, podemos e devemos transformar o nosso ego, integrando-o ao Eu Real, transformando nossos defeitos (orgulho, inveja, ciúme, agressividade, ignorância, egoísmo, personalismo, maledicência, intolerância, etc.) em virtudes (humildade, resignação, sensatez, generosidade, afabilidade, sabedoria, tolerância, perdão, etc.), e expandir continuamente nossa consciência de modo que ela seja cada vez mais identificada com o Eu Real e cada vez menos identificada com o ego.

O espírito, a cada reencarnação, desenvolve nova personalidade, que se inicia no nascimento e termina com a morte do corpo físico. Essa personalidade transitória é influenciada por diferentes fatores tais como época, cultura, sexo, inteligência, condicionamentos evolutivos específicos, relacionamento interpessoal e características herdadas de vidas anteriores.

- Em nosso atual estado evolutivo, essa autopercepção depende do quanto a mente (consciência) está livre das influências do ego que a envolve. O espírito, através da mente, criou o ego por necessidades evolutivas, e, por essas mesmas razões deverá dissolvê-lo para perceber-se em toda a sua plenitude.

- O fato de sabermos ser, todos, filhos da mesma fonte, do mesmo Pai,  Deus,  tem uma repercussão muito grande na nossa vida pessoal, familiar e na sociedade. Podemos dizer então que somos todos irmãos, criados da mesma forma, sem distinção alguma, sem privilégio algum.

- Se somos filhos do criador de tudo, todos nós podemos cocriar o que quisermos, juntamente com Deus, uma vez que não é possível separar uma coisa de Outra.
Aliado à capacidade da criação temos o livre-arbítrio, isto é, o poder de escolhermos livremente tudo aquilo que queremos pensar, sentir e fazer. Temos o poder de criar o nosso próprio microuniverso.

Assim, o ser humano, conscientemente ou não, dá continuidade à sua evolução material, intelectual, moral e espiritual.  A mente humana, normalmente, apresenta-se quase que totalmente envolvida pelo ego, porém, frações da consciência do eu real podem ser despertas e utilizadas no processo simultâneo de transformação do ego e expansão da consciência no processo de autotransformação.

- O processo de autotransformação permite acelerar a evolução do ser humano através da sua gradual identificação com o eu real e desidentificação com o ego até que, num determinado ponto, aconteça a transcendência de sua consciência individualista para uma consciência universalista.



Um ótimo estudo, amigos.
PAZ,
Maria Cibele. 

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