COMO ACONTECE A REENCARNAÇÃO



Amigos queridos, já  que estudamos a justiça e a necessidade, agora vamos descobrir como acontece a reencarnação e importância da educação certa em cada período deste processo tão importante em nossas vidas.
O retorno do espírito a um novo corpo é um fenômeno que não ocorre ao acaso, ao contrário, é cuidadosamente planejado. Chegado o momento da volta do espirito ao plano físico, começa o planejamento REENCARNATÓRIO que é orientado e administrado nos planos extra físicos por entidades de elevada sabedoria e hierarquia espiritual.
 Tal projeto visa, sobretudo, as inúmeras oportunidades onde o reencarnante deverá colocar em pratica o que foi aprendido na erraticidade. Posto isso, providências gerais e específicas são tomadas no sentido de conjugar harmonicamente o livre-arbítrio e o determinismo da lei de causa e efeito. São estabelecidas as diretrizes gerais e específicas para a viabilidade do planejamento que objetiva, sempre, o progresso e o aperfeiçoamento individual do individuo e o coletivo.
A partir de então, o reencarnante entra numa fase chamada de pré reencarnatória, cujo tempo de execução varia de acordo com as características e necessidades específicas de cada individualidade, mediante uma visão retrospectiva de sua história pessoal. Para fazer essa retrospectiva, o reencarnante se vale dos registros da memória absoluta inscrita no perispírito, e então é feita uma minuciosa análise e autoanálise de suas possibilidades. Pode, também, ser assessorado pelos mentores nesse planejamento.
Desse modo, a escolha do grupo familiar e dos futuros pais obedece aos princípios gerais das leis citadas, quais sejam de causa e efeito, da sintonia, afinidade e ressonância, bem como em consonância com a respectiva herança consciencial, psicológica e espiritual, conhecida como "Genética Espiritual“, ou seja, a herança de si mesmo! Cada espírito encontra-se, também, ligado ao seu respectivo grupo familiar e ao seu povo ou nação, ao longo do continum histórico palingenésico (reencarnatório).
A relação afetiva, espiritual e biológica com os pais, são fatores determinantes no processo reencarnatório. Nessa etapa, o candidato passa a conviver no clima psicofísico e emocional dos futuros pais, interagindo dinamicamente com os mesmos, procurando estabelecer as melhores relações de sintonia, afinidade e ressonância, indispensáveis ao êxito da concretização do complexo e laborioso planejamento reencarnatório.
Neste momento ele sabe se está sendo bem aceito ou não. Conhece cada pessoa e sabe em quem poderá confiar. Em alguns casos, pode assimilar traços psicológicos dos parentes. A herança Consciencial é o conjunto de todos os reflexos emocionais e psíquicos marcantes na mente consciente e no inconsciente do reencarnante. São seus traumas ou acertos e que irão se expressar por meio do genótipo ou fenótipo no plano biológico, através da organogênese do futuro corpo físico, com a contribuição biogenética dos respectivos pais.
É Nesse momento que seus traumas irão influenciar na formação do novo corpo, dai a explicação para os problemas de nascença. Sob a assistência zelosa e técnica dos "geneticistas" e "embriologistas" espirituais e conforme o grau de evolução consciêncial do reencarnante, este pode participar da modelagem do futuro corpo físico, sempre em  obediência às leis da "herança espiritual" condicionantes da herança psicofísica biológica.
TIPOS DE REENCARNAÇÃO:
Depois de estabelecimento do programa geral de futuras realizações e auto realizações no plano físico tendo em vista os objetivos educativos a serem atendidos, vem a definição do tipo de reencarnação que pode ser:
1.Reencarnação Voluntária: Também denominada por “livre  escolha”, “Sacrificial” ou “missionária”. Reservada aos grandes missionários que vêm à Terra em tarefa de valor incontestável. Possuem liberdade de escolha muito grande, pois eles mesmos determinam as tarefas a serem desenvolvidas, o local onde vão nascer, os pais e as diversas situações de sua existência e são muito raras.
2.Reencarnação Semi-Voluntária ou Expiatória;
No estado errante, e antes de começar nova existência corporal, o Espírito tem consciência e previsão das coisas que lhe vão acontecer durante a vida?  “Ele próprio escolhe o gênero de provas que deseja sofrer e nisso consiste o seu livre-arbítrio” KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Perg. 258.
É a modalidade em que se enquadra muitos de nós, dotados de suficiente acuidade mental no espaço para discernir o que é interesse genuíno e o que é ilusão, na vida terrena, onde são programados, juntamente com o reencarnante, os principais acontecimentos da próxima existência na carne, tendo em vista a liquidação ou minoração de dívidas e as possibilidades de progresso. Mas isto não é imposto, podendo o indivíduo discutir certas questões e propor alterações, que serão aceitas ou não. 
Se o Espírito pode escolher o gênero de provas que deve sofrer, seguir-se-á que todas as tribulações  que experimentamos na vida foram previstas e escolhidas por nós? “Todas não é bem o termo, porque não escolhestes nem previstes tudo o que vos sucede no mundo, até as menores coisas. Escolhestes apenas o gênero das provações; os detalhes são consequência da posição e, muitas vezes, das vossas próprias ações. [...]”KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Perg. 259
O que guia o Espírito na escolha das provas que queira sofrer?
“Ele escolhe as [provas] que lhe possam servir de expiação [reparação], segundo a natureza de suas faltas, e o faça progredir [aprendizagem, evolução] mais depressa. [...]”KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Perg. 264.
3. Reencarnação Compulsória
Mesmo que numa programática coletiva, esta não se dá sem que os superiores encarregados dos renascimentos, na Terra, tomem cuidadoso conhecimento. Importa, entretanto, considerar que também nestes casos, a entidade reencarnante sofre supervisão atenta mesmo que a distância, de Espíritos responsáveis pelo destino da Terra. Existência alguma se encontra ao azar, distante de carinhosa ajuda e de socorros providenciais. “Cada criatura recebe de acordo com as necessidades da própria evolução”.
Nas encarnações planejadas nascemos com alguma missão a ser realizada. Deus não colocaria alguém no mundo se não tivesse alguma tarefa a cumprir, consigo próprio, com a família e com a sociedade. Equipes especializadas no retorno ao mundo físico, estudam intensamente e trabalham procurando propiciar a situação mais adequada às necessidades evolutivas dos Espíritos que necessitam voltar ao Planeta.

3.Reencarnação Compulsória ou Provacional;
É uma imposição da Lei e para atender a casos, cuja recuperação exige longas expiações. O processo de reencarnação compulsória, na realidade, dispensa a atuação direta de técnicos da espiritualidade. Tudo pode desenrolar-se naturalmente, obedecendo aos impositivos do automatismo que rege a encarnação dos seres. Importa, entretanto, considerar que, mesmo nesses casos, a entidade reencarnante sofre supervisão atenta, mesmo que à distância, de Espíritos superiores, responsáveis pelo destino da Terra.
Existem espíritos que se encontram em nível tão elevado de sofrimento e comprometimento,  que somente em uma encarnação compulsória poderiam alcançar algum nível de consciência de si mesmos e da sua situação.

Esses casos se assemelham a uma internação psiquiátrica, quando o paciente violento e fora de si necessita ser tratado sob os cuidados de um hospital.
O planejamento reencarnatório é o mesmo para todos os Espíritos?
Não. “Entre ambas as classes [Espíritos superiores e inferiores], [...] contamos com milhões de Espíritos medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão.” XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. ed. esp. Rio de Janeiro: FEB,  2003. Primeira Parte: Cap. 19.  p. 174.
Como pode o Espírito que, em sua origem, é simples, ignorante e sem experiência, sem com conhecimento de causa ser responsável por essa escolha? 

“Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir como fazes com uma criança, desde o berço. Contudo, pouco a pouco, à medida que seu livre-arbítrio se desenvolve, Ele o deixa livre para escolher e só então é que muitas vezes o Espírito se extravia, tomando o mau caminho, por não ouvir os conselhos dos bons Espíritos. [...]”KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Perg. 262.
A ESCOLHA DO SEXO.
A prévia escolha ou determinação de sexo se verifica de acordo com a respectiva sexualidade, características genético-espirituais do reencarnante e segundo determinantes cármicos consciênciais preexistentes, tendo em vista futuras realizações;
Um espírito, que na ultima ou nas ultimas encarnações exerceu a feminilidade, ressurge num corpo masculino, em razão de haver nas anteriores encarnações exercido mal a sua sexualidade. Não existe escolha casual.
O mesmo fenômeno ocorre, quando utilizou mal a masculinidade e retorna em forma feminina com psiquismo masculinizado pela larga vivencia da forma. Agora, aprisionado num corpo com reações diferentes do seu psiquismo, deve santificá-lo.
Por outro lado, o espírito, desejando exercer uma neutralidade sexual, pode eleger uma forma que não lhe corresponda a sua aptidão intima, para que esteja precatado contra as injunções dolorosas de um mundo em desgaste moral e emocional.
O importante a considerar não é em que angulo transita o espírito, mas, o seu comportamento moral em qualquer uma dessas colocações. Os homossexuais, assim como os heteros... Todos nós enfim, somos criaturas em expurgo de faltas passadas, por isso merecedores de compreensão e sobretudo esclarecimento. A reencarnação é escola que aceita infinitas matrículas, inda que na mesma série.
Os verdadeiros espíritas são solidários para com as provas do próximo e entendem que o discriminador está plantando espinhos e que, por outro lado, o descriminado está tendo a oportunidade de crescer através da dor.
Opinião de André Luiz Extraído do Anuário Espírita 2009 - IDE - Araras - SP
“Devemos considerar que o espírito reencarna em regime de inversão sexual, e compete-nos entender que cada personalidade humana permanece em  determinada experiência, merecendo o respeito geral no trabalho ou na provação em que  estagia  importando anotar, ainda, que o conceito de normalidade e anormalidade são relativos. Lembremo-nos de que, se a cegueira fosse a condição da maioria dos espíritos reencarnados na Terra, o homem que pudesse enxergar seria positivamente considerado  minoria e exceção.” 
PERGUNTA: Hoje já é possível determinar o sexo da criança antes da gestação, isso poderia significar que não é o Espírito quem  escolhe em que sexo vai reencarnar? E os pais que determinam o sexo do filho estariam interferindo na lei de causa e efeito desse novo ser que vai nascer?
As leis divinas são imutáveis e tudo obedece a uma ordem perfeita, e não aos nossos caprichos. Como nada acontece por acaso, os espíritos responsáveis pela programação do reencarnante se antecipam e fazem o que for preciso para a manutenção dessa lei, em conformidade com a programação divina.
A LIGAÇÃO COM A CÉLULA-OVO
A união da alma com o corpo ocorre no instante da concepção, e para efetivar a ligação do espirito com a célula-ovo durante a fecundação, ocorre, previamente, no plano extrafísico a miniaturização do espirito reencarnante que se caracteriza pela redução da forma perispirítica.
Com base na análise dos mapas cromossômicos e organogênicos, intervenções são feitas durante a fecundação no sentido de propiciar o corpo adequado à herança cármica e ao programa de realizações na nova experiência reencarnatória.
MODIFICAÇÃO PERISPIRITUAL E A FORÇA GRAVITACIONAL
O perispírito ou corpo espiritual passa por transformações em seu estado vibracional antes de reencarnar. Para que? O perispírito precisa adaptar-se à crosta terrestre, tendo em vista que há uma relação entre ele e a força gravitacional e não é por acaso que o bebê fica mergulhado no líquido amniótico. Esse liquido possibilita a adequação entre a força gravitacional do mundo espiritual e a do mundo físico. Isso também ocorre com o cérebro dentro do líquido cefalorraquidiano e a explicação para esse mecanismo providencial, é que o líquido possibilita diminuir o empuxo gravitacional.
MINIATURIZAÇÃO
No processo de redução volumétrica ou miniaturização, as moléculas perispirituais se aproximam reduzindo os espaços intermoleculares, à semelhança do vapor d'água ao esfriar-se,  condensando-se em forma de água líquida.
A redução volumétrica acompanha-se de progressiva perda de consciência do espírito,  variando o grau desta perda com o nível evolutivo da entidade reencarnante.
Há espíritos que mantém sua consciência até adiantadas fases de gestação enquanto outros a perdem logo no início do processo. O conjunto espiritual fica então reduzido ao tamanho do útero.
Espíritos atrasados: Nestes, devido à sua animalidade, a redução do conjunto espiritual atinge o seu máximo, não se limitando ao tamanho do útero, e sim às dimensões microscópicas da célula-ovo.
O perispírito é o órgão de transmissão de todas as sensações, emoções, desejos, sentimentos, reações psicológicos e até certo ponto, dos fenômenos fisiológicos e patológicos.
Como os espíritos atrasados tem a ideia fixa de reencarnar, seu único foco é o corpo físico e isso neutraliza outras emoções reduzindo suas energias espirituais até o ponto das moléculas se condensarem a nível microscópio de um núcleo de célula-ovo!
PERDA PROGRESSIVA DE CONSCIÊNCIA
Como já foi dito, a redução volumétrica do corpo espiritual além de propiciar a integração ao novo corpo fisiológico determina a perda progressiva de consciência e o  esquecimento do passado é uma medida imprescindível para a estabilização psicológica do reencarnante  frente às situações cármicas de reencontro familiar e outras, necessárias à sua evolução. Esse processo faz com que o reencarnante perca a lembrança do passado sem perder suas faculdades, qualidades e aptidões.
Após o nascimento, poderá recuperar pedaços de sua memória, que se apagará aos sete anos de vida aproximadamente. O esquecimento, aliás, só tem lugar durante a vida exterior de relação pois, durante o sono, o Espírito em parte desprendido dos laços carnais, voltando à liberdade e à vida espiritual, conserva sua lembrança por que sua vista espiritual não está mais empanada pela matéria.
O LAÇO FLUÍDICO
Na encarnação, o laço fluídico, que é a expansão do perispírito, o prende ao embrião que vai se ligando ao corpo, célula a célula e quando o feto está completo ele nasce, mas ainda não reencarnou completamente, célula por célula do corpo e com o perispírito. Esse processo se desenrola por sete anos. Quando o fluído vital do feto deixa de existir por efeito de várias anomalias, o perispírito desliga-se e o Espírito recupera sua liberdade.
PERCEPÇÕES DO REENCARNANTE
Há registros na literatura espírita de Espíritos que abandonaram o útero materno em função da carga de emoções doentias recebidas da mãe, o que configura uma forma de aborto, que André Luiz denomina de Aborto Inconsciente. Manoel Philomeno de Miranda, em Temas da Vida e da Morte, informa que o reencarnante registra todos os estados familiares, todos os conflitos domésticos e isso poderá, muitas vezes, ser causa de uma infinidade de problemas emocionais ou físicos na futura criança, como enurese noturna, irritabilidade constante, insegurança, etc.
Efetuadas as operações de imantação e ligação do perispírito com sua consciência à célula-ovo, segue-se a nidação no útero materno, com a participação mento afetiva dos pais gestantes e do filho ou filhos reencarnantes. Os pensamentos dos pais, especialmente da mãe, se misturam com os pensamentos do reencarnante, havendo uma profunda troca de emoções e sensações. Mães ansiosas, deprimidas, queixosas, podem transmitir essas vibrações para o Espírito reencarnante, agravando o seu sofrimento e a sua angústia.
A GESTANTE: A gestante é "uma criatura hipnotizada a longo prazo", exatamente porque traz seu campo psíquico invadido pelas impressões e vibrações do reencarnante. Funciona a mãe como um "exaustor de fluidos" e terá, consequentemente, uma alteração emocional profunda. Algumas se enchem de entusiasmo e bem estar, mulheres às vezes ansiosas se equilibram durante a gestação, sentem-se bem e tranquilas, em função de uma carga emotiva sadia ou afim, que está vindo do filho.
Em outras, ocorre o inverso. Durante a gravidez, a mulher torna-se deprimida, tensa, há um decréscimo da vivacidade mental, um torpor intelectual, extravagâncias. Pode ser em função de vibrações pouco sadias ou de um Espírito que foi um desafeto do passado. 
Os primeiros 21 dias após a fecundação são de extrema importância para a formação do futuro corpo - época em que estão se formando os órgãos e sistemas - e por esse motivo, a assistência espiritual nessa fase é muito intensa e a gestante não pode afastar-se do corpo.
Mães tranquilas, calmas, otimistas, contribuem sensivelmente para o estado de equilíbrio do feto, transfundindo-lhe coragem, fé e esperança. Após o 21º dia, reduz-se a vigilância espiritual que, no entanto, continua presente até o final.
O FUTURO PAI: pode também sofrer alterações em seu campo mental em função da presença de um novo Espírito em seu lar. Às vezes, vê-se possuído de muito carinho e passa a encher a mulher de atenção. Outras vezes, torna-se arredio, agressivo, deprimido.
São vibrações de um Espírito ligado a ele por um passado feliz ou infeliz que agora retorna para prosseguir em sua marcha evolutiva, fortalecendo a amizade, se esta já existe, e desfazendo mágoas e desentendimentos se eles ocorreram.
UMA ANALOGIA ENTRE O PARTO E A VIDA IMORTAL.
Da mesma forma em que os bebes estão mergulhados na mãe e a mãe está neles, assim somos nós em relação a Deus;
Estamos mergulhados Nele assim como Ele está em nós.
Ainda podemos dizer que da mesma forma que os bebês na barriga não vêem a mamãe e não sabem o que encontrarão fora dela,
A mãe existe e eles encontrarão vida após o parto como consequência da lei do progresso,  assim somos nós que não vemos a Deus,
Não sabemos o que vamos encontrar depois da morte, mas Deus existe e encontraremos a vida como continuidade do nosso progresso.
Essa reflexão serve para fortalecermos em nós a certeza de que somos imortais e que Deus está em nós e nós Nele e que em algum momento poderemos utilizá-la. 

Entrevista da Folha Espirita ao Pesquisador espirita  Sérgio Felipe de Oliveira
No livro Missionários da Luz, o espírito André Luiz descreve que no processo reencarnatório, para a formação do novo corpo, o perispírito se constitui no molde que atrai os elementos materiais fornecidos pela mãe à semelhança de um ímã. Qual a explicação para as anomalias físicas durante a formação do novo corpo?

Sérgio Felipe – Quando nós temos um envolvimento muito grave com o passado e a nossa consciência não se desliga desse passado no momento da reencarnação, a mente, voltada para o passado, não permite a sustentação da força suficiente para a formação perfeita do embrião. Então, os genes ficam sem o suporte que o espírito deve dar. Com isso, o indivíduo vem com sequelas, seja pela má-formação embrionária ou genética, seja pela interferência do espírito reencarnante – e ele frequentemente interfere – na genética herdada. Assim, as fortes ligações mentais arrastadas do passado, como remorsos, culpas, ódios, mágoas, dentre outras, impossibilitam ao espírito concentrar-se naquele momento e projetar suas energias para o devir, ou seja, o vir a ser, e, então, não sustenta o desenvolvimento genético com a perfeição que deveria sustentar. No entanto, e ao mesmo tempo, essa ligação com o passado pode ser necessária para sua recuperação.

FE – É possível os encarnados detectarem o momento exato da reencarnação? Quais são os sinais biomoleculares que sinalizam esse momento?

Sérgio Felipe – Sim, perfeitamente. Uma nova vida se inicia no exato momento em que o espermatozoide beija a membrana do oócito que a mulher produz a cada 28 dias. É nesse momento que o espírito assume o comando do novo corpo em formação, tendo o seu perispírito como molde organizador.

FE – Existe algum equipamento, hoje, que pode detectar esses sinais biomoleculares?Sérgio Felipe – Sim, e podemos destacar o microscópio eletrônico e o microscópio de luz.

FE – Há pesquisas sobre esse assunto?
Sérgio Felipe – Esse exato instante já foi fotografado pela Ciência. (Foto ao lado)

FE – Quanto à Física, os seus avanços vêm ajudando a entender mais as questões do espírito?


Sérgio Felipe – Necessariamente, porque o espírito pensa e sente no mundo e só pensa e sente pela interação com o mundo. E o mundo que nos envolve é material, e a nossa comunicação de um para com o outro se dá através do som, que é matéria, pelo eletromagnetismo, a visão. Então, a compreensão da Física nos permite entender o meio no qual estamos submersos. É também uma forma de nos localizarmos do ponto de vista existencial e na transcendência. Emmanuel, na introdução do livro Nos Domínios da Mediunidade, de autoria do espírito André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, deixa evidente que os cientistas materialistas também são pesquisadores de Deus, porque, ao estudarem a estrutura íntima da matéria, descobrirão que a matéria, como a concebem, não existe e perderão o objeto de sua própria convicção.

FE – Com base no que expôs, como está enxergando o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional buscando descriminalizar o aborto?
Sérgio Felipe – Acho que essa questão da descriminalização do aborto envolve uma percepção muito sutil da representação da vida. Só mesmo uma pessoa envolvida com a causa do bem entende o valor da vida em todas as suas condições. Quando a pessoa tem a sensibilidade de perceber que não pode pisar uma plantinha e estragar o jardim, ela toma cuidado. Assim, temos de entender que o nascituro, ou concepto, também é uma flor no jardim que nós não vamos pisar, porque ela é vida. Então, para dar esse valor essencial, a pessoa precisa estar muito envolvida com a bondade e o amor. Não é só uma questão de lógica, é uma percepção de sentimento. E a humanidade está vivendo uma situação hedonista, muito superficial. É difícil para a maioria das pessoas ter essa percepção, sobretudo nos países onde o aborto é permitido. Nos Estados Unidos, por exemplo, 30% das gestações são abortadas. Mas muitas pessoas, mesmo aquelas que abortaram, já admitem que cometeram algum atentado à vida.

FE – Não seria o caso de perguntar aos defensores do aborto se eles não estão contentes com suas vidas e a de seus entes queridos?

Sérgio Felipe – Temos muita gente trabalhando o assunto junto aos parlamentares. O que eu entendo é que o Brasil precisa de gente. Na Itália já não nascem pessoas suficientes. O Japão já tem a mesma população do Brasil. Veja a sua dimensão territorial. Então, no Brasil, cabe muita gente ainda. 
E qual seria a força de expressão de nosso país se não fossem as pessoas? 
Quem é que não sabe disso no mundo? 
Quando se fala em brasileiro, os estrangeiros já sorriem. Então por que não vamos deixar nascer mais brasileiros, se esta é a nossa riqueza?
Medinesp 2007 – 150 anos em busca da integração corpo-mente-espírito




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