AUTO ACEITAÇÃO
Quem já pensou em “ser diferente”?
Quem já desejou ser igual ao “modelo” de seus sonhos?
Na impossibilidade de “ser igual” ao outro que julga “ser melhor”, a pessoa se torna amarga, irritada e infeliz. Por que isso acontece? A resposta é: auto rejeição.
Como isso acontece?
Porque muitos desconhecem, com a alma, essa importante dica: Vós sois Deuses, nos disse Jesus. Brilhai a vossa luz. E isso é pra ontem! Compreender que somos individualidades, com peculiaridades incríveis, a caminho de fazer brilhar a nossa luz interior, é a base da nossa transformação.
Sentir-se rejeitado
é um sentimento difícil de superar! Depende de uma elevada autoconfiança e quem
se sente rejeitado, ou se rejeita, tem deficiência na fé em si mesmo. Quanto menos
nos gostamos, mais vulneráveis somos à rejeição. Até mesmo as pessoas com
elevada autoestima, conscientes de seu valor, tendem a ter sentimentos deprimentes
em momentos de relevante perda. Nesse momento de vulnerabilidade, todos estão
sujeitos a perder o controle da situação, que até então acreditavam
ter.
Grandes perdas tendem a abalar as emoções mais sólidas,
principalmente, se sua religiosidade for de fim de semana e quando isso se dá
com uma pessoa de baixa autoestima, como
por exemplo, a perda da pessoa que ama, ou a perda de uma colocação
profissional, ou falência, ela passa a acreditar que é “indigna” de ter o que deseja, que
não é merecedora da felicidade, que está sendo “castigada” e sente-se
extremamente só. Abandonada. Rejeitada!
Nas situações de desacertos no relacionamento afetivo, a reação mais imediata é tentar agradar o outro, em detrimento de própria individualidade
e de sua essência. Tentar mudar o modo de ser, em função de agradar o outro para
manter a relação, é uma fria, pois tudo tende a
piorar! Vigiai amigo, para “nunca,
perder seu referencial interno”. Vigiai, também, para não colocar suas
esperanças e expectativas de vida, sob a direção do que não controlamos: o sentimento e a reação do outro.
Lidar com a
rejeição não é tarefa fácil se isso
acontecer, é certo que um belo dia, essa pessoa que se “imolou em sacrifício” vai
cobrar as renuncias que fez para ser aceito, e o pior de tudo, é que na
verdade, dificilmente o outro é a causa real do sentimento de rejeição. Esse sentimento preexiste! Vem consigo
de outras vidas! Potencializa-se na infância pela dificuldade de lidar com isso,
e se soma aos acontecimentos mais recentes e atuais.
Um eficiente
antídoto, talvez o mais importante para superar os sentimentos de rejeição, é
não limitar suas esperanças de vida feliz e organizada, à aceitação, admiração e
dependência, das pessoas que ama.
Muito comum é distrair-se da busca da causa da auto rejeição. Ela se encontra no
fundo de sua alma! Dedicando-se inteiramente ao sucesso na profissão, ou se
exaurir na busca de uma aparência encantadora, dedicar-se exclusivamente ao
marido, à esposa, aos filhos, aos pais, sem buscar outro objetivo de vida, é
uma armadilha arquitetada pelo inconsciente, para a fuga do auto enfrentamento.
Olhe para dentro de
si mesmo e busque compreender com a alma, que todos nós somos criaturas únicas, com potenciais
divinos que nos impulsionam à perfeição, com uma bagagem colhida nos milênios vividos,
e uma eternidade para aperfeiçoar-nos.Então, não perca tempo
tendo pena de si mesmo, curtindo o auto abandono, a auto piedade, o vitimismo e
culpando os outros por seu insucesso. Não
cristalize em sua alma, essa falsa verdade.
Tais sentimentos fazem parte da armadilha do ego, do velho egoísmo, aquele que leva
a pessoa a querer tudo para si e somente si: atenção, brilho, holofotes!
Seja
mais simples; mais humilde e aceite que estamos em formação, cada um no seu
momento e que aquele que já conseguiu brilhar, já ralou nessa busca de autoafirmação.
Por vezes, podemos
ser preteridos e não é por isso que a vida deixará de existir ou que as coisas
que desejamos deixaram de ser realizáveis. A perda pode ser a chance, o start para irmos em busca daquilo
que realmente somos, e que realmente queremos.
Comece por admitir que você pode
ficar só, e pode sobreviver; que podemos
mudar nossa vida sem sentimentos de culpa e amar-se! Na
compreensão de sermos criaturas divinas, herdeiros do Pai, livres para mudar; que ninguém tem nada com
isso. Se nossa decisão não ferir nem prejudicar o outro, estaremos à
caminho da nossa liberdade. Da nossa auto iluminação. Brilhe a vossa luz!!!
AS ATITUDES DOS OUTROS, NEM SEMPRE ESTÃO RELACIONADAS À NOSSA
PESSOA!
Eles também são seres
humanos como nós, com suas lutas internas, e que aquele “modelo” dos nossos
sonhos, também tem sua cota de dor. Todos os que habitam um planeta de provas e
expiações, tem um espinho na carne! Quantas vezes somos ásperos e grossos,
justamente devido à nossa insegurança e auto rejeição? E que outros também
podem reagir assim conosco, pelos mesmos motivos?
Como raramente consideramos a
realidade interna do outro, logo achamos que aquela reação estúpida, é
rejeição, e que, na verdade, faz mais
parte do nosso mundo interior do que da realidade. Por isso, em nosso benefício,
busquemos aprender a diferenciar as diversas reações das pessoas e entender as razões do
outro, pois, muitas das vezes, o problema
é mais dele do que seu.
Seja como for, de nada adianta colocar-se no
papel de vítima. O drama e o sentimento de culpa, só irão aumentar a sua dor.
Encare, de frente, a dificuldade do momento e procure aprender com tudo isso.
No mínimo, você conquistará maior bagagem e isso será útil nos próximos embates
consigo mesmo.
O sentimento de rejeição normalmente é acentuado pela insistência
em supervalorizarmos a opinião e aprovação dos outros com relação ao nosso modo
de ser, pensar e agir.
. Permitir que o outro seja juiz e determine nosso modo de
viver; a excessiva importância dada à opinião alheia, por mais que estes
queiram apenas o nosso bem, retrata uma irresponsabilidade inconsciente e quase
infantil, em permitir e acreditar que podem, ou devem assumir e suprir
nossas necessidades. De certa forma, isso
nos livra de culpas, pois, se falhar, o erro foi do outro, que muitas vezes
ainda tem de ouvir: a culpa foi sua, que fica “intrometendo” na minha vida.
Cabe
a cada um de nós, satisfazer as próprias carências e não deixar essa tarefa,
vital para nossa evolução, para quem está ao nosso lado e nos quer bem. Todos
nasceram com a noção do que vieram fazer
nessa etapa da existência, por isso, não devemos legar à ninguém a decisão
de nossa vida, por isso, pare de se criticar, mude o que pode ser mudado na sua
intimidade, e torne-se mais independente da aprovação dos outros.
Torne-se
responsável pelo que você é, e conduza sua vida e seus valores, baseado no que
sua alma sabe sobre você. Por mais que o outro nos ame, a responsabilidade de
se amar, se aceitar, aprovar-se e valorizar-se é sua!
Ao atribuir essa
responsabilidade ao outro, cada vez que ele “negar”, surgirá o sentimento de rejeição,
um sentimento que só você poderá se isentar de senti-lo. Aceite-se!
MARIA CIBELE MOREIRA PINTO
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