Aceitar não significa desistir.
Aceitar não significa desistir.
A primeira impressão que temos quando
ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é
de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando. Desistindo de lutar, de
mudar, ou, sendo fracos e impotentes.
Aceitação é uma força que poucos
conhecem porque somos condicionados a lutar, esbravejar, brigar. Mas, na
verdade, se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida, das nossas
relações, ou de nós mesmos, devemos começar ACEITANDO. É... A aceitação
tem poder transformador!
Não estamos nos referindo a uma
aceitação pacífica, de entrega ao domínio do desânimo, desolação e da tristeza,
mas, de uma aceitação dinâmica, otimista, com fé em dias melhores. É super
difícil, para qualquer um, aceitar uma perda material ou afetiva; uma situação
de dificuldade financeira; uma doença; uma "humilhação"; uma
"traição"; uma mutilação, etc. Relembrando a "Oração da
Sabedoria", encontramos:
“Senhor, concedei-me a serenidade
necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; coragem para mudar
aquelas que podem; e sabedoria suficiente para distinguir umas das outras.”
A aceitação é um ato de força interior,
sabedoria e humildade, visto que, existem inúmeras situações impossíveis
mudar no momento em que acontecem, por isso é importante dar tempo ao tempo.
Aceitar não é desistir, nem tão pouco
se resignar! É estar lúcido do momento presente, e compreender que
se assim a vida se apresenta, assim deve ser.
Aceitação é colocar-se pronto para ver
a dificuldade de outro ângulo, de outro prisma, buscando o benefício que
poderá surgir daquela dor ou perda, sem o peso que nós mesmos colocamos ou
imaginamos que tenha.
De maneira geral as pessoas são como
são e dificilmente mudam, nós é que devemos mudar e aceitar os outros como são,
nos adaptando a isso. Ser resistente a esse fato, brigar, revoltar-se, negar,
deprimir-se, desesperar-se, indignar-se, culpar e culpar-se, são reações
emocionais carregadas de raiva, e a raiva desencadeia um sem número de reações
negativas que desagregam, e, conforme o grau de desequilíbrio, destroem a nossa
e a vida de outros. Depois... consertar todo o estrago é um agravante que
poderia ser evitado.
Muitas vezes achamos que os outros, ou
as coisas que nos cercam, são responsáveis pelos
acontecimentos desagradáveis em nossa vida, e NÃO SÃO! Ninguém é responsável
por nossa felicidade ou infelicidade, tudo é escolha nossa, fruto de uma reação
individual a uma situação que afronta nosso equilíbrio e nos desafia.
A felicidade não tem padrão e a que é
para um, não é a mesma para o outro. Uns são felizes na cidade, outros no
campo; uns preferem a simplicidade e a espontaneidade, outros o requinte e a
dissimulação; uns compreendem, outros culpam... Podemos escolher aceitar as
coisas que não temos como mudar e viver em paz ou revoltar-nos.
Com bom senso e vontade firme, podemos
mudar nossa vida para muito melhor, mas, se não houver aceitação, continuaremos
a ter reações insensatas.
No instante em que resolvemos aceitar,
desmaterializamos situações que foram criadas por nós e, naturalmente, soluções
surgem através da intuição, insights ,
ou acontecimentos transformadores, trazendo consigo as
respostas e as saídas para o problema. Lembremos de que tudo é movimento, nada
é permanente, vivemos a impermanência, ou seja, tudo passa!
Não aceitar e combater o que nos
contraria e gera sofrimento, é nossa tendência “natural”, mas, dessa forma
acabamos por prolongar a situação desconfortável que nos machuca ou, incomoda.
Resistir nos mantém presos a ela, perpetuando o sofrimento, e tornando tudo
mais complicado e pesado.
A não aceitação dos fatos da vida
torna-nos amargos, revoltados, frustrados, aprisionados, insatisfeitos, cheios
de rancor e tristeza, e esses padrões mentais, emocionais e psíquicos, criam
mais e mais dificuldades que nunca trazem solução. Aceitar é expandir a
consciência e encontrar respostas, soluções e alívio. É um passo concreto para
deixar a vida mais leve, mais alegre e mais saudável. A aceitação exercita e
fortalece a Fé. A “Fé transporta montanhas”, ou
seja, os obstáculos em nosso caminho.
É fundamental entender que aceitar
não significa desistir; e sim seguir adiante com otimismo. Ter muitos
propósitos a serem atingidos é nossa atitude mais saudável perante a vida. No
instante que você aceita e se entrega ao que a vida lhe oferece, aceita a
vontade do Pai e novas idéias surgem para prosseguir na direção desejada,
saindo, assim, do sofrimento.
“A
dor existe, mas SOFRER É OPCIONAL, é uma escolha”. Só você é responsável
por tudo que lhe ocorre, pelo que sente e por sua transformação interior.
Aceitar ou revoltar-se? Eis a questão.
Quer
ser feliz? Exercite a aceitação !!!
Maria
Cibele Moreira Pinto
Adaptação
do texto “Aceitação” de autor
desconhecido.
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