DIALOGADOR ESPIRITA COMO ATENDER
O trabalho de dialogar com os Espíritos
pode ser comparado ao atendimento feito em um hospital, no qual o dialogador
tem papel de enfermeiro ou médico dedicado, que trata com amor e respeito os
enfermos que aí comparecem, procurando exercer com zelo seu papel e assim, como
num hospital existem remédios, aparelhagem adequada, silêncio e outros
instrumentos indispensáveis ao socorro daqueles que sofrem, também, no grupo
mediúnico serão preparados os recursos de assistência aos enfermos da alma.
O DIALOGO NA REUNIÃO MEDIÚNICA (RM) É a técnica espírita de ajudar espíritos através do esclarecimento, do passe e das
energias de amorosidade que deve fazer parte do ambiente da reunião. Quando dizemos “espíritos”, nos referimos ao conjunto espirito e seu envoltório (o perispírito). Se nos referirmos a um
encarnado, Kardec orienta chamamos o espirito de “alma”, apenas para distinguir
uma situação e outra. Agora, atente para esta questão:
Doutrinar é diferente de dialogar? Sim. Doutrinar é catequese, pregação.
Dialogar é conversar, falar alternadamente. Ouvir e manter entendimento visando solução de problemas.
“Há grande diversidade entre doutrinar
e evangelizar. Para doutrinar, basta o conhecimento intelectual. Para
evangelizar é necessário a luz do amor no íntimo. Na primeira, bastarão a
leitura e o conhecimento; na segunda é preciso vibrar e sentir com o Cristo “ Emmanuel
Estar um espirito comunicante, numa reunião mediúnica para falar
sobre seus dramas, é o resultado de um longo trabalho
empreendido pela espiritualidade. Se o dialogador negligenciar essa tarefa, não mantendo o habito do estudo de si
mesmo e do evangelho, este, estabelecerá um diálogo sofrível, meia sola, mais
ou menos...
É uma grande irresponsabilidade que será contabilizada na sua
consciência.
POR QUE DIALOGAR?
Confundido pelas lições recebidas das religiões tradicionais, o Espírito não encontra no Além, aquilo
que esperava: nem céu, nem inferno, muito menos o
repouso até o juízo final, ele encontra a dura
realidade espiritual fundamentada na existência da lei de
causa e efeito, onde cada
qual se mostra como é, sem disfarces, falsas aparências ou o verniz social e,
muitas vezes, ainda cheios de condicionamentos materiais. A morte não tem o poder de transformar
ninguém.
Em desalinho mental, tais Espíritos
repelem ou, sequer percebem a ação mais direta dos orientadores desencarnados
razão pela qual, requerem um contato com os encarnados. Por ainda se encontram
ligados aos fluidos densos da matéria, as emanações ectoplásmicas próprias da
sessão mediúnica lhes permite o diálogo, então, o diálogo com os desencarnados torna-se uma
necessidade por ensinar-lhes o caminho do bem e do
perdão, despertando-os para a necessidade de renovação espiritual, ajudando-os a descobrirem o caminho para a sua libertação, dando uma apressadinha
no seu progresso espiritual.
DIALOGAR COM OS ESPÍRITOS NÃO É TAREFA
FÁCIL.
Além dos conhecimentos doutrinários desenvolvidos, o indispensável no momento do diálogo, são: a empatia e o
amor, que acompanham as virtudes da paciência,
bondade, humildade e tolerância. Com esses valores, poderá o dialogador, enfrentar os casos
mais difíceis.
Segundo observa André Luiz, a pessoa envolvida nessa tarefa não
pode esquecer que a
Espiritualidade Superior confia nela e dela aguarda o cultivo dos atributos
mencionados.
Seja qual for o rumo da conversação mantida com o Espírito
comunicante, não podemos esquecer que não falamos com os mortos, mas com individualidades vivas, cuja alma
traz as marcas de uma vida desregrada, de uma enfermidade difícil, de relacionamentos de ódio e perseguição ou, às vezes,
expulsas do corpo pelas portas do suicídio, da loucura, do aborto e do
homicídio.
De outras vezes, comparecem à reunião mediúnica desesperadas, sem
saber para onde ir, descrentes, céticas, revoltadas e inconformadas com a
própria situação.
A EFICIÊNCIA DO DIALOGADOR DEPENDE DE AMOR E HUMILDADE
O dialogador que se julgar capaz de esclarecer por si só comete um grande equivoco, pois, sua eficiência depende sempre da humildade em
reconhecer a necessidade
de ser auxiliado pelos bons Espíritos, sem aquelas
atitudes estereotipadas de melosidade e pieguismo. Muitas vezes, o diálogo exige atitudes enérgicas, não ofensivas nem agressivas, mas firmes
e imperiosas.
AUTORIDADE MORAL. Diz-nos Kardec e os espíritos de luz,
que a verdadeira superioridade é a moral, a única autoridade que pode barrar os Espíritos inferiores que, ao sentirem-na,
se submetem a ela em virtude do magnetismo de quem a possui. Como adquiri-la?
Sendo sempre corretos em nossas intenções e em nossos atos, em todos os
sentidos.
O BOM DESEMPENHO DO DIALOGADOR COMPREENDE:
ACOLHER sem preconceito ou
julgamento. Ouvir com a ALMA, sem ansiedade ou tentativa de convencimento. Imagine
que o Espírito é seu filho ou alguém que você ama. Ele esta sofrendo e você vai dar seu colo.
DURAÇÃO: Não há regra fixa. Cinco minutos, talvez um pouco mais, nunca mis de dez
para não cansar o médium e nem tomar o lugar de outro comunicante. Mediúnicas de desobsessão utilizam critérios próprios devido a um maior
numero de atendidos. O dialogador só deve atender um espírito de cada vez, para que possa usar sua intuição.
CONTROLE DA CURIOSIDADE: Apenas pergunte o que o ajudará a ajudá-lo. Não parta para
conselhos ou lição de moral e mostre que você o entende e quer
ouvi-lo. Conscientize-se
de que cada Espírito é uma história, então não
há diálogo padrão.
PROCEDIMENTO: Lembre-se que nem todo espírito é espírita, ou
acredita em Deus. Converse sempre de olhos abertos, atento ao médium. No caso de gestual mais agressivo, chame pelo médium e solicite cooperação do dirigente. Seja sempre sincero. Mesmo que decore frases ou textos, a palavra deve sair do coração, como uma
prece, carregada de significado e certifique-se do estado do médium após o
término do diálogo.
INTUIÇÃO: UMA DIREÇÃO
A intuição vai orienta-lo sobre como conduzir um diálogo proveitoso para ambos. Mas, como
identificar a Intuição? Experiência!
Com o tempo irá percebendo através de imagens mentais ou ideias, os quadros
mentais da situação que desvendam o que o espírito passou, ao qual ainda se encontra hipnotizado pelo passado. A intuição o ajudará a direcionar as perguntas e ou, as
sugestões a fazer ao desencarnado.
Sua eficiência como dialogador da RM depende de humildade
e de entender que as ideias que surgem durante o diálogo, não são suas e sim, um auxilio dos bons espíritos. O dialogador que não compreende esse princípio precisa de esclarecimento, para lidar com sua vaidade e pretensão.
Vaidade e presunção enfraquecem nossa autoridade moral.
ATENÇÃO: Na avaliação final, cheque com o coordenador e o
psicofônico, o que acharam da sua atuação, se em algum momento sua abordagem poderia ter sido mais
eficiente e peça sugestões, sem se preocupar com a critica, que deverá ser construtiva. Acolha a orientação com humildade,
pois são para o seu bem e o da tarefa
desempenhada pelo grupo.
RESULTADOS DO DIÁLOGO PARA OS ENCARNADOS
“O Diálogo equilibrado e amoroso, modifica
a nós mesmos e aos outros;
Abre as mentes para a percepção da
realidade que nos escapa devido ao apego à ilusão das nossas pretensões
individuais, geralmente mesquinhas”.
“... desaparecem doenças-fantasmas,
empeços obscuros, insucessos, além de obtermos, com o seu apoio espiritual,
mais amplos horizontes ao entendimento da vida e recursos morais inapreciáveis
para agir, diante do próximo, com desapego e compreensão". .André Luiz
RESULTADOS DO DIÁLOGO PARA OS DESENCARNADOS
Abre para os desencarnados um novo panorama de vida, onde novas
atividades se descortinam, com possibilidades de trabalho, felicidade e
progresso.
- Se empedernido, mostrar-se-á tocado e sensível aos ensinamentos cristãos, buscando nova forma de encarar a vida;
- Se revoltado mostrar-se-á submisso à Lei suprema, que não é
injusta com ninguém;
-Se odioso observará em si mesmo as consequências de sua semeadura
infeliz e procurará dominar seus maus sentimentos;
- Se desesperado notará novas possibilidades de alcançar a paz
através do trabalho e da fé ativa.
RELACIONAMENTO MÉDIUM DIALOGADOR
Esse relacionamento precisa ser
impecável, honesto, correto, sem mácula e isso significa que médium e
dialogador devem estimar-se e respeitar-se. Uma estima sem servilismo e sem
fanatismo, e respeito sem temores e sem reservas íntimas.
Quando o relacionamento médium-dialogador é imperfeito ou sofre
abalos mais sérios, põe-se em risco a qualidade do trabalho mediúnico. A razão é simples e óbvia: o espírito
manifestante trabalha com os elementos morais, intelectuais, espirituais e
psíquicos que encontra no médium. Se existe ali, alguma reserva com relação ao dialogador, ou pior
ainda, alguma hostilidade mais declarada, é claro que a sua energia negativa
estará presente e contaminando a mente do comunicante.
ATENÇÃO: é sobre a possibilidade de danos físicos, emocionais e espirituais, que um atendimento feito de forma incorreta pode
causar no médium: primeiro ponto, segurar por muito tempo um espirito
endurecido no mal e sentindo muito ódio.
Segundo ponto: Tocar no médium de forma brusca no transcorrer da comunicação, ou outro habito do dialogador que irrite o médium. Além da questão
ética no caso do tocar o médium (homem e mulher), esse habito causa uma irritação desagradável no médium, já se esforçando para se
conter.
Caso médium e dialogador não se esclareceram
sobre isso, e for muito irritante par o psicofônico, esse comportamento pode
até causar algum dano ao aparelho mediúnico, tipo dificuldade de se controlar em outros lugares e dores. Tudo deve ser combinado e bem claro
entre os participantes de um grupo mediúnico, afinal estamos lidando com forças
contrarias ao bem e não podemos deixar brechas para as trevas. ]
O médium não
deve ser contido fisicamente pelo dialogador. No caso de agitação excessiva do médium, não é a força física,
e sim a psíquica que atua efetivamente para controlar os
impulsos da entidade comunicante, refletidos no comportamento do medianeiro. O
médium em exercício, já deve estar controlado. Se estiver em desenvolvimento,
sempre há exceções. As vezes um carinho, ou um abraço amigo acalmam o médium.
Depois do
atendimento ao sofredor, o dialogador deve transferir, de imediato, a sua atenção para o médium. Não raro
o médium, para se reajustar depois do estado de transe, necessita de uma
transfusão de energias que deve ser feita através dos passes magnéticos, para
evitar mal estar. O médium deve fazer um “enxague” mental através de visualização.
O dialogador
deverá, para sua própria paz de consciência no cumprimento do seu planejamento
reencarnatório, se esforçar
para melhorar, cada vez mais, seu desempenho no atendimento fraterno ao enfermo
espiritual.
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